Atuar em grandes franquias como o MCU (Universo Cinematográfico Marvel) parece glamouroso na superfície, mas quem vive essa realidade sabe que há desafios invisíveis por trás das câmeras. Scarlett Johansson abriu seu coração e compartilhou sobre o lado difícil de fazer parte de um universo cinematográfico de sucesso, especialmente ao lidar com rotinas intensas de gravação e a construção de personagens que muitas vezes ficam à margem do foco principal.
Desde 2010, Johansson interpreta a Natasha Romanoff / Viúva Negra na Marvel, participando de oito filmes do MCU ao longo de quase uma década, incluindo títulos de grande impacto como Vingadores: Ultimato. Apesar do prestígio e do reconhecimento mundial, ela admite que nem tudo é fácil ou glamouroso, especialmente no que diz respeito à rotina de gravações e às limitações físicas e emocionais impostas por esses papéis.
Os desafios de atuar sem participação constante e o impacto na identidade
Scarlett explicou que, em alguns filmes, sua personagem tinha mais tempo de tela e um desenvolvimento mais profundo, como em Capitão América: O Soldado Invernal. No entanto, ela também destacou que, muitas vezes, atua mais como um dispositivo narrativo do que uma personagem com uma história própria, o que pode gerar uma sensação de estar apenas cumprindo uma função na trama.
“Alguns dos filmes que fiz para a Marvel envolveram mais minha personagem. Em outros, o elenco era tão grande que quase me senti uma peça de apoio na trama”, afirmou ao Interview Magazine. “Você passa meses envolvidos nesse trabalho, e, às vezes, fica difícil manter sua essência artística quando o seu papel é mais sobre preencher uma lacuna do que protagonizar a história.”
Ela ainda revelou que a rotina de gravações geralmente exige que ela corte o cabelo, tire unhas e siga um cronograma rígido, o que muitas vezes limita sua liberdade de expressão pessoal durante as filmagens.
O impacto psicológico de atuar em franquias de sucesso
Além das questões físicas, Scarlett comentou sobre o impacto emocional de estar atrelada a um personagem por anos a fio. A atriz acredita que esse vínculo prejudica sua autonomia criativa e pode gerar um certo esgotamento psicológico ao longo do tempo.
Ela reforçou que a dedicação total ao trabalho pode fazer parecer que sua identidade fica presa ao personagem ou ao projeto, dificultando momentos de descanso e reflexão pessoal. Essa experiência não é exclusividade dela, pois muitos atores de franquias mundialmente conhecidas relatam dificuldades similares ao lidarem com longas gravações e alta exposição pública.
Da mesma forma, David Harbour, que atuou ao seu lado em Viúva Negra (2021), compartilhou que também sente essa dificuldade, especialmente ao tentar manter sua aparência durante longas temporadas de gravação de Stranger Things.
“Tenho aquela ideia de não poder cortar o cabelo ou fazer mudanças drásticas enquanto estamos gravando. É uma rotina que acaba ocupando muito da sua mente”, afirmou Harbour.
Essa convivência constante com os personagens e o universo de uma franquia pode gerar um impacto emocional que muitas vezes é subestimado pelo público. Além das questões físicas, o processo de preparação, os períodos de silêncio entre as gravações e as exigências de manter uma aparência certa podem contribuir para uma sensação de desgaste.
Por isso, é importante reconhecer que, mesmo diante de toda a fama, atuar em gigantes do cinema e do streaming exige uma preparação emocional e física constante, e nem sempre os atores têm a liberdade total de serem quem realmente são durante esse período.
Se você se interessa por histórias de bastidores do universo do cinema e do streaming, sabe que há muito mais por trás das câmeras do que o público consegue ver. Continue acompanhando nossas novidades e análises!