Um dos jogos mais aguardados de 2025, Death Stranding 2: On The Beach, está pronto para chegar ao PS5 em 26 de junho. A expectativa em torno da obra de Hideo Kojima está nas alturas, e o que esperar dessa sequência está em evidência entre fãs e jornalistas especializados.
Em uma viagem ao Japão, a equipe do Flow Games teve o privilégio de testar o game na Kojima Productions, com nossa repórter Thais Matsufugi jogando por impressionantes 30 horas. A experiência trouxe insights inéditos sobre as melhorias e novidades presentes na continuação.
Para entender o impacto da pandemia na narrativa e no desenvolvimento do título, Hideo Kojima participou de uma entrevista exclusiva, onde falou abertamente sobre as mudanças, inspirações e a direção artística do jogo. Entre as principais novidades, destaque para a maior liberdade de combate, a introdução de novas regiões, além de questões filosóficas sobre conexão e isolamento.
Entrevista completa com Hideo Kojima: novidades e reflexões
Ao ser questionado sobre suas intenções ao criar uma sequência de Death Stranding, Kojima afirmou que focou em evoluir o design e a narrativa, aproveitando o salto do PS4 para o PS5. Ele comparou a estratégia com a evolução de Metal Gear Solid, onde buscou ampliar as mecânicas de furtividade e liberdade do jogador.
O criador destacou que, inicialmente, Death Stranding era um jogo de entregas, mas agora busca oferecer mais opções de combate e exploração, permitindo que o jogador escolha entre usar armas, veículos ou até mesmo evitar conflitos. Essa mudança é uma resposta ao aumento do interesse por ações táticas e liberdade na jogabilidade.
Na questão das novas regiões, Kojima explica que optou pela Austrália, por se tratar de uma área de tamanho e escala ideais para a narrativa, incluindo a ideia de desconexão e reconexão entre continentes através do conceito de “Plate Gate”, que permitiria sequências infinitas de explorações e histórias.
Sobre a influência da pandemia de Covid-19, Kojima comentou que precisou reescrever bastante o roteiro, especialmente a cena de Fragile, que havia sido planejada para a sequência antes do início da pandemia. Ele refletiu sobre os efeitos do isolamento, da conexão digital e do risco de perder o valor do contato humano genuíno.
Na parte técnica, Kojima revelou detalhes do processo de escaneamento de atores, incluindo a preparação de Lindsay Wagner e Luca Marinelli, além de comentar sobre as dificuldades de produção remota e o uso de “janelas” especiais para filmagens à distância. Ele também destacou a química natural entre Luca e Alissa Jung, que interpretam personagens que são marido e mulher na vida real, o que ajudou bastante nas ações e expressões no jogo.
Outro ponto importante da conversa foi a introdução do ciclo de dia e noite, que visa criar uma ambientação mais realista e imersiva, mesmo enfrentando dificuldades técnicas para a iluminação e o clima de cenários abertos.
Kojima também reforçou que, apesar do foco maior em combate tático, o jogo mantém a essência de Death Stranding, com uma reflexão profunda sobre conexão, isolamento e a influência das mídias sociais na vida das pessoas. Sua opinião sobre o tema é influenciada por suas próprias experiências e pelo momento global de crises sociais.
Por fim, Kojima expressou sua esperança de que os jogadores aproveitem a experiência de se encontrar e se conectar de forma mais autêntica, valorizando encontros presenciais e a convivência real, que não podem ser substituídos pelo universo digital ou virtual.
Death Stranding 2: On The Beach estará disponível exclusivamente para PS5 em 26 de junho de 2025. Prepare-se para uma aventura que mistura inovação, reflexão e a assinatura única de Hideo Kojima.