Guillaume Broche, um dos cofundadores da Sandfall Interactive e idealizador de Clair Obscur: Expedition 33, compartilhou suas reflexões sobre a escolha de não incluir um minimapa no jogo. Essa decisão, inspirada por seus próprios gostos e experiências com Final Fantasy X, gerou debates entre os jogadores, que ficaram confusos ou frustrados com a ausência de um recurso tão clássico em RPGs.
Inspirações dos RPGs japoneses na criação de Clair Obscur
A equipe da Sandfall Interactive revelou que os RPGs japoneses foram uma grande fonte de inspiração durante o desenvolvimento. Guillaume Broche, fã de clássicos como Persona 5, quis incorporar na experiência de jogo uma exploração mais imersiva e menos guiada, reforçando o sentimento de descoberta e mistério.
A decisão de remover o minimapa e seu impacto
Durante uma participação no podcast Dropped Frames na Twitch, Broche comentou sobre seus motivos: “Quando joguei FFX, só prestava atenção ao minimapa. Não apreciava o ambiente, o design dos níveis, só os mapas. Acho que o jogo teria sido melhor sem o minimapa.” Segundo ele, essa escolha tem como objetivo incentivar os jogadores a explorarem mais atentamente, percebendo detalhes do cenário e descobrindo passagens secretas, enriquecendo a experiência.
A hesitação do público é compreensível, mas, para Broche, essa aposta arriscada é uma forma de manter o charme e a complexidade na exploração. O jogo exige atenção, curiosidade e talvez, até uma certa dose de paciência, para que cada passagem ou item escondido seja uma recompensa especial.
Reflexões e vantagens de uma exploração mais livre
Para a Sandfall, a ausência de um minimapa representa uma abordagem mais desafiadora, porém mais satisfatória. Os jogadores precisam manter os olhos abertos, entender a organização do ambiente e se permitir perder-se de propósito, aumentando a imersão na narrativa e no design do jogo. Além disso, dicas e mapas interativos sempre estão disponíveis na internet, para quem prefere uma ajuda extra sem comprometer a experiência principal.
“Quando você para de jogar, pensa: ‘Ah, talvez eu devesse ter explorado aquela pequena passagem…’ Isso torna a exploração muito mais envolvente,” afirmou Guillaume Broche.
Perspectivas futuras e impacto na comunidade
Apesar das opiniões divididas, a decisão de Clair Obscur fortaleceu a comunidade, que troca informações e descobertas sobre suas caminhadas pelo Continente. Essa estratégia ousada cria uma experiência única, onde o jogador se sente mais protagonista da própria aventura, ao invés de seguir mapas pré-definidos.
Hoje, a Sandfall Interactive já planeja novos títulos de RPGs que continuarão a apostar na exploração livre e na criatividade do jogador, consolidando um estilo que valoriza a autonomia e o senso de aventura.
Para quem deseja aprofundar sua experiência, mapas interativos com dicas de localização de itens e inimigos continuam acessíveis na internet, facilitando a jornada sem perder a essência desafiadora proposta pelo estúdio.