Deliver At All Costs chega ao mercado como uma proposta ousada de simulador de entrega, porém sua essência é bem diferente do que se espera de um título tradicional. Lançado em 22 de maio pelo estúdio sueco Far Out Games, ele conquistou a atenção dos jogadores na primeira semana, graças ao seu clima caótico e liberdade de exploração em um mundo inspirado nos Estados Unidos de 1950. Além disso, o jogo se destaca por oferecer uma atmosfera de humor absurdo, destruição quase ilimitada e uma experiência que mistura elementos de jogos casuais com uma narrativa de curta duração.
Este jogo oferece uma experiência que lembra Crazy Taxi, com uma abordagem mais livre em um cenário de mundo aberto. Aqui, as leis de trânsito deixaram de existir na pequena ilha de Saint Monique, onde pedestres podem ser atropelados sem consequências, e objetos podem ser destruídos com facilidade, criando um ambiente repleto de humor e destruição ao estilo Goat Simulator e Skate 3. Para quem gosta de jogos que abraçam o caos, Deliver At All Costs entrega uma jogabilidade frenética e imprevisível.
Gameplay caótico e experiências absurdas
Logo na primeira experiência de Winston ao dirigir o carro do vizinho, o caos já está instaurado: uma marcha ré permanece acionada, destruindo uma casa instantaneamente. O mundo aberto impressiona pela variedade de cenários e colecionáveis, que estimulam a exploração livre. As entregas muitas vezes envolvem tarefas inesperadas, como perfumar frutas podres, pintar peixes marlim ou subir uma montanha vulcânica com um sismógrafo, o que reforça o caráter descompromissado do título. Essa variedade de missões absurdas reforça o perfil de jogo casual, ideal para quem busca diversão rápida sem pretensão de aprofundamento narrativo.
História rasa e elementos desconexos
A narrativa de Deliver At All Costs tenta criar um enredo mais elaborado ao incluir elementos de crime corporativo, investigação e até viagem no tempo, mas acaba se perdendo na sua execução. A história, que inicialmente remete a uma sitcom americana, mostra-se superficial, deixando de aprofundar temas e tornando a experiência mais burocrática do que envolvente. Apesar disso, o jogo consegue criar uma certa curiosidade sobre o passado do protagonista, Winston Green, e suas motivações, mesmo sem desenvolver esses aspectos de forma satisfatória.
“O jogo consegue criar uma certa curiosidade sobre o passado do protagonista, mas os demais elementos ficam na superfície,” afirmou o crítico.
Apesar de seu ritmo acelerado e humor quase absurdo, a trama não explora de forma satisfatória temas como colonialismo ou exploração de recursos naturais, utilizados apenas como recursos narrativos passantes. O cenário de Saint Monique serve mais como pano de fundo para as entregas caóticas do que para uma crítica social ou análise profunda.
Exploração, personalização e mapas
O gameplay é dividido em três mapas distintos, conectados por uma narrativa curta que apresenta mudanças de tempo e desenvolvimento de relações pessoais de Winston. Esses mapas oferecem cenários variados, que vão de ambientes urbanos a zonas de mineração e vulcões ativos, criando uma experiência de exploração ampla e diversa. Há uma tentativa de personalizar o veículo principal, com sistema de craft para melhorias, embora as opções ofereçam pouco impacto na experiência geral. Uma inovação interessante é a instalação de um motor a jato, que aumenta bastante a velocidade, tornando as entregas ainda mais caóticas e divertidas.
O sistema de customização inclui dez anexos para sua caminhonete, como guinchos, catapultas e outros mecanismos de entrega. No entanto, esses acessórios têm pouco efeito na jogabilidade, especialmente após a instalação do motor a jato, que torna as demais melhorias secundárias praticamente irrelevantes.
Para quem gosta de caos e liberdade, Deliver At All Costs oferece uma experiência frenética e irreverente. Além disso, o fator replay é reforçado pela possibilidade de explorar os mapas com diferentes abordagens e veículos modificados.
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