16.5 C
São Paulo
30 de junho de 2025
Image default
Home » Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer
Jogos

Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer

Por mais longa que seja a trajetória de uma banda, não é necessário lançar um álbum de “best of” para celebrar seu legado. A FromSoftware, com seus quase 40 anos de história, decidiu lançar uma coletânea de seus maiores sucessos – ou melhor, de seus chefes mais memoráveis na fase souls – em um jogo totalmente cooperativo, Elden Ring Nightreign.

Conhecida por proporcionar experiências single-player épicas, a desenvolvedora japonesa, liderada pelo lendário Hidetaka Miyazaki, flerta com o multiplayer desde Demon’s Souls. Portanto, um jogo cooperativo da FromSoftware já era esperado. Além disso, o uso de assets de Elden Ring, sua obra mais destacada até hoje, também faz sentido, já que acelera o desenvolvimento de títulos com grande escopo, facilitando a criação de novas aventuras que exploram seu universo clássico, ao mesmo tempo em que inovam na jogabilidade.

Entretanto, o que realmente surpreende não é a transição para o multiplayer, mas sim a decisão da FromSoftware de se aventurar por um gênero que, atualmente, já apresenta certa saturação. A empresa, que sempre liderou e inovou no estilo soulslike, agora parece seguir uma tendência da indústria, apesar de ser a fonte de inspiração para muitas desenvolvedoras ao redor do mundo.

Elden Ring Nightreign: uma aventura pelas Terras Intermédias

De primeira vista, Nightreign parece familiar, mas só tem Elden Ring no nome e na aparência. Na prática, o jogo se assemelha mais a um mod do que a uma sequência oficial. Não se trata de reciclar elementos, mas de um escopo diferente, com uma jogabilidade que não carrega o DNA clássico da FromSoftware no level design.

A proposta é correr contra o tempo para evoluir o personagem, com o objetivo de enfrentar um chefe final chamado Lorde da Noite. A mecânica prioriza o aprimoramento do personagem em um esquema de boss rush, onde a exploração é secundária e o foco é aprender os mapas e otimizar a preparação antes das batalhas mais difíceis.

Entre as novidades e o estilo Battle Royale

No lugar de explorar a vastidão das Terras Intermédias ao longo de uma narrativa orgânica, o jogador deve aprimorar seu personagem sob a pressão de um ambiente restrito por chuva, semelhante a um battle royale. São três noites de desafios crescentes, cada uma mais difícil, culminando na luta contra o chefe final.

A originalidade do jogo fica na sua proposta de evoluir o personagem rapidamente, mais como um modo de boss rush do que uma experiência de exploração contínua. É essencial conhecer cada mapa e aprender a usar cada recurso para chegar bem preparado à batalha final.

Aqui a prioridade é evoluir o personagem, quase num esquema de boss rush, na tentativa de amenizar a dificuldade dos chefes

IMG_1262-scaled Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer

Imagem: Flow Games/Victor Teixeira

Combinação de Soulslike e Roguelike: um desafio extremo

De forma bastante literal, Elden Ring Nightreign combina o masoquismo de soulslike com a persistência de roguelikes, criando um ciclo de jogabilidade difícil, que exige muita perseverança. Batalhas contra chefes monumentais, sistema cooperativo para até três jogadores e a perda de progresso ao morrer intensificam ainda mais o desafio, já que equipamentos, níveis e magias não persistem entre as tentativas.

Equipamentos, níveis e magias: nada é preservado para a próxima partida

Apesar disso, há uma pequena progressão possível com as relíquias, um sistema inspirado nos roguelites. Essas relíquias modificam atributos do personagem, como bônus de vigor ou melhorias na recuperação de itens, oferecendo algum incentivo para novas tentativas.

IMG_1263-scaled Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer

Imagem: Flow Games/Victor Teixeira

Por outro lado, a sensação de evolução se restringe ao uso dessas relíquias, o que pode deixar o jogo frustrante após algumas tentativas, pois o ciclo de repetição se torna exaustivo sem uma sensação de progresso contínuo. As partidas, com cerca de 30 minutos em média, revelam um limite na diversão se a derrota for constante.

Chega um momento em que perder tudo, sem que haja um progresso palpável, deixa de ser tão divertido quanto era no início

Os chefes clássicos e o retorno de inimigos históricos

A força de FromSoftware sempre esteve na criação de chefes monumentais, desafiadores e visualmente impressionantes. No Elden Ring Nightreign, essa tradição se mantém, trazendo batalhas contra chefes de jogos passados, como o Rei Sem Nome, protagonista de Dark Souls III, e o Demônio da Fundição, de Dark Souls II. Reencontrar esses chefes clássicos gera uma sensação de nostalgia e um incentivo para vencer novamente esses obstáculos emblemáticos, além de manter o jogador entretido e motivado em cada rodada.

IMG_1265-scaled Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer

Imagem: Flow Games/Victor Teixeira

O jogo oferece oito classes distintas, cada uma com suas particularidades, desde o Executor, com mecânicas de parry similares a Sekiro, até arqueiros que lembram o estilo de Monster Hunter. Essa diversidade incentiva a experimentar diferentes estilos de jogo e aprender nuances de cada personagem, reforçando a rejogabilidade e a estratégia.

Apesar de encorajar a repetição, Nightreign tenta diversificar as coisas com um leque de oito classes

Essa variedade de classes torna o jogo mais divertido e desafiador, obrigando o jogador a dominar cada estilo para obter sucesso, o que é uma das melhores partes dessa experiência cooperativa.

Veredito final: uma proposta ambiciosa e frustrante

De tudo que herdou de Elden Ring, Nightreign só mantém a aparência, sem a alma que consolidou o sucesso do título original. Ao unir a dificuldade extrema dos gêneros mais desafiadores, o jogo funciona bem como roguelike, mas revela-se frustrante para quem busca uma experiência mais contínua e evolutiva.

IMG_1264-scaled Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer

Imagem: Flow Games/Victor Teixeira

A decisão da FromSoftware de seguir tendências da indústria mostra que, apesar de seu impacto, sua força maior está em sua originalidade e fidelidade ao seu estilo. Seguir o fluxo é válido, mas confiar na própria visão costuma ser a melhor estratégia, como demonstra seu notório sucesso histórico.

Analisado no PS5 Pro.

Elden Ring Nightreign foi gentilmente fornecido pela Bandai Namco para a realização desta análise

Playstation
Miniatura
41iOfYxSyxL Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer
Preço
R$3.690,00
Mais informações
Playstation
Miniatura
31PDrgl52XL Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer
Preço
R$1.539,00
Mais informações
Playstation
Miniatura
21QKmzoDc9L Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer
Preço
R$191,16
Mais informações
Playstation
Miniatura
315or7M-KLL Review de Elden Ring Nightreign: um “best of” da FromSoftware em roguelike multiplayer
Preço
R$531,05
Mais informações

Related posts

Jogos mais jogados no Steam Deck em maio/2025: Veja os destaques

Nerd News

Tell Me Why grátis na Steam e Xbox – Aproveite agora!

Nerd News

Stellar Blade: Pré-venda com 16% de Desconto na Nuuvem

Nerd News

Deixe um comentário