Contexto do fracasso de Concord e o compromisso da Sony com jogos de serviço ao vivo
Apesar do enorme fracasso do FPS Concord, que vendeu apenas cerca de 25.000 cópias, a Sony reafirmou seu compromisso com os games de serviço ao vivo. O título, lançado e removido do ar em apenas duas semanas, entrou para a lista dos maiores fracassos da história do PlayStation, gerando prejuízos milionários e resultando na liquidação da Firewalk Studios, sua desenvolvedora responsável.
O impacto financeiro foi expressivo, com a Sony estimando perdas na casa dos centenas de milhões de dólares devido ao fracasso de Concord, além de ter sentado uma lição importante na estratégia de lançamentos de jogos dessa categoria. A experiência reforçou a necessidade de validar melhor os títulos antes do lançamento, sobretudo em mercados altamente competitivos.
Mesmo assim, a companhia garante que aprendeu com os erros de Concord e continuará investindo nesse segmento de jogos de serviço ao vivo, que apresenta potencial de engajamento e geração de receitas recorrentes. Segundo Hermen Hulst, CEO do Studio Business Group da Sony Interactive Entertainment, o sentimento atual é de cautela, mas também de otimismo moderado quanto à inovação e à renovação de estratégias.
Marathon: feedback misto durante o alfa e expectativas de lançamento
O FPS live service da Bungie, Marathon, está atualmente em fase de testes alfa, onde o feedback recebido tem sido considerado “misto” pelos executivos. Hulst destacou que, apesar das dificuldades iniciais, o estúdio está usando as lições aprendidas para aprimorar o jogo antes do seu lançamento oficial.
Hulst garantiu que o jogo será lançado até o final do exercício fiscal de 2025/2026, que termina em março de 2026, reforçando o compromisso de evitar erros semelhantes aos de Concord. Ele afirmou que a Bungie vem revisando todos os processos de validação criativa e comercial, adotando uma postura mais rigorosa e contínua de análise.
“O ciclo de teste, de iteração, teste novamente, que é um componente tão importante do sucesso de um game live service, tanto levando ao lançamento quanto ao longo da vida útil do título. E estamos comprometidos em continuar a alavancar nossos aprendizados”, afirmou Hulst.
Escândalo de plágio e desafios enfrentados pelo estúdio Bungie
Por outro lado, a Bungie enfrentou recentemente um grave escândalo de plágio de arte envolvendo um ex-artista do estúdio, que acusou o grupo de copiar sua obra sem autorização ou crédito adequado. A equipe de Bungie reconheceu a situação e promoveu uma investigação interna, pedindo desculpas publicamente pelo ocorrido. O episódio prejudicou a reputação do estúdio e reacendeu questões sobre ética e responsabilidade na indústria.
A situação agravou o cenário de desafios enfrentados pela Bungie, que tenta reconquistar a confiança dos fãs enquanto trabalha no desenvolvimento de Marathon e outros projetos. Apesar dos obstáculos, a Sony permanece focada na expansão de seu portfólio de jogos de serviço ao vivo, incluindo títulos como MLB The Show, Destiny 2 e Helldivers 2, jogos esses que demonstraram sucesso em engajamento, monetização e fidelização de comunidades.
Perspectivas futuras e estratégias da Sony para o segmento
Segundo Hulst, a estratégia da Sony é diversificar sua oferta de jogos de serviço ao vivo, apostando na qualidade, inovação e na diferenciação dos títulos. Entre os projetos em desenvolvimento estão o multiplayer de Horizon e o aguardado Fairgames da Haven, além de uma nova equipe especializada, o teamLFG, criada especificamente para impulsionar esses títulos.
Mesmo diante de fracassos como Concord, a Sony trabalha para consolidar uma base sólida e resiliente nesse mercado altamente competitivo, com planos de lançar mais de 10 jogos de serviço ao longo de até 2026. A estratégia inclui não apenas expansão de portfólios, mas também melhorias nos processos de validação e testes contínuos para garantir maior sucesso comercial.
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