A lista Top500, que acompanha e categoriza os supercomputadores mais poderosos do planeta, anunciou sua 65ª edição nesta semana. A novidade principal é que os dois postos mais altos ficaram com unidades equipadas por hardware AMD, marcando uma forte presença da marca na elite da computação de high performance.
O El Capitan é o supercomputador mais potente do mundo atualmente, utilizando chips AMD Instinct MI300A e processadores Epyc 24C. Sua performance impressionante de 1,7 exaFLOPs em cálculos de precisão FP64 o coloca como líder absoluto na lista. Logo atrás, vem o Frontier, equipado com o arquitetura AMD Instinct MI250X e Epyc 64C, alcançando 1,3 exaFLOPs. Essa combinação de hardware robusto garante que ambas as máquinas tenham desempenho de ponta.

Esse avanço demonstra um cenário em que a AMD está cada vez mais presente nos projetos mais ambiciosos de computação de alto desempenho, mesmo tradicionalmente dominados por outras marcas. Os supercomputadores na elite da lista continuam sendo fortemente influenciados por hardware de fabricantes como AMD, NVIDIA e Intel, refletindo uma competição acirrada por desempenho, eficiência energética e inovação tecnológica.
A terceira colocação ficou com o Aurora, da Intel, que também entrou na lista dos exaFLOPs com seus processadores Xeon e GPUs Intel Max, atingindo 1,012 exaFLOPs. Ainda assim, a presença da AMD nas duas primeiras posições reforça sua força no mercado de supercomputadores.
As regiões com maior presença na lista continuam sendo os Estados Unidos, que abrigam as três primeiras posições e a maior quantidade de sistemas de alta performance. Vale destacar que a China, apesar de seu protagonismo em inovação tecnológica, opta por não divulgar mais detalhadamente os dados de seus supercomputadores na lista, o que mantém o domínio da AMD e da NVIDIA nas posições de destaque.
AMD mantém destaque no mercado de supercomputadores
Embora a AMD ainda não supere a Intel em número de sistemas, ela vem crescendo rapidamente na quantidade de plataformas de alta performance equipadas com seus componentes. Atualmente, a AMD equipa 173 plataformas na lista Top500, enquanto a Intel lidera com 294 sistemas. Essa expansão reflete o crescimento da AMD na área de high performance computing (HPC), atendendo a demandas cada vez mais altas de pesquisa científica, inteligência artificial e simulações complexas.
O sucesso da AMD se reflete também na sua estratégia de oferecer hardware cada vez mais eficiente e de alto desempenho, compreendendo avanços em arquitetura, consumo energético e integração de novos recursos tecnológicos, fortalecendo sua posição frente a concorrentes como Nvidia e Intel.
NVIDIA se destaca em eficiência energética e hardware de ponta
Para além do desempenho bruto, a lista Green500 classifica os supercomputadores segundo sua eficiência energética, e a arquitetura Grace Hopper da NVIDIA se mostra altamente eficiente nesta edição. Os sistemas Jedi, na Alemanha, com 72,7 gigaFLOPs por watt, e o Romeo-2025, na França, atingindo 70,9 gigaFLOPs por watt, lideram esse ranking de sustentabilidade e consumo responsável de energia.
Essa forte presença da NVIDIA na eficiência energética demonstra o investimento contínuo da empresa em desenvolvimento de hardware mais sustentável, alinhado às crescentes demandas por tecnologias verdes no setor de supercomputação.
Apesar de sua força na performance e sustentabilidade, a NVIDIA também possui excelente penetração no mercado de hardware para HPC, figurando em 13 dos sistemas listados na Top500, o que indica uma rápida adoção de suas arquiteturas em toda a comunidade de supercomputação.
Enquanto isso, a AMD aparece na terceira posição em eficiência energética, com o supercomputador Adastra 2, na França, atingindo 69 gigaFLOPs por watt. No ranking geral de fornecedores de hardware, a AMD ocupa a segunda posição, reforçando sua crescente influência no setor.
Segundo
Tom’s Hardware
, a competição entre AMD, NVIDIA e Intel é acirrada e deve continuar impulsionando inovações em alta performance, energia e sustentabilidade no setor de tecnologia de elite. O futuro aponta para mais avanços em arquitetura, consumo energético e capacidades de processamento, impulsionando toda a indústria de supercomputadores.
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