A inteligência artificial está cada vez mais presente no mercado de trabalho, promovendo mudanças profundas nas funções e tarefas de diversas profissões. Profissões altamente especializadas, como engenharia de software, que antes exigiam anos de experiência e alto nível de conhecimento, agora enfrentam uma transformação que as torna mais rotineiras, segmentadas e aceleradas. Essa evolução remete à automação das linhas de montagem da Revolução Industrial, onde tarefas repetitivas eram executadas por máquinas, permitindo maior eficiência e produtividade.
Da Revolução Industrial à Automação Digital
Desde a Revolução Industrial, a automação contribuiu para alterar a natureza dos empregos, mas não geralmente pela eliminação de posições. Ao contrário, as tarefas passaram a ser mais segmentadas, fazendo com que trabalhadores de diferentes setores se adaptassem às novas tecnologias. As fábricas de automóveis, por exemplo, substituíram processos artesanais por linhas de montagem especializadas, aumentando a produção enquanto reduzíam custos.
Hoje, empresas como Amazon, Google e Microsoft utilizam a inteligência artificial de formas semelhantes, automatizando tarefas antes feitas por engenheiros e operadores, sempre buscando maior agilidade e eficiência. A chegada de IA também impulsionou avanços nos centros de distribuição, onde robôs realizam tarefas repetitivas, como busca e embalagem de produtos, elevando a produtividade dos funcionários e mudando as funções tradicionais.
Inteligência Artificial como Copiloto dos Engenheiros
O uso de IA como copiloto na programação de software permite que tarefas que antes exigiam horas de esforço seja realizada automaticamente. Segundo The New York Times, por exemplo, a Amazon já consegue economizar o equivalente a 4.500 anos de trabalho de desenvolvimento graças à automação alimentada por IA.
Um exemplo prático dessa automação é vista nos centros de distribuição da Amazon, onde robôs realizam tarefas repetitivas, como busca e embalagem de produtos. Essa realidade também se reflete nos escritórios de desenvolvimento de software, onde engenheiros agora dedicam-se a revisar códigos gerados por IA, uma tarefa antes considerada mais manual e especializada.
De acordo com Simon Willison, programador veterano, trabalhar com ferramentas assistidas por IA transforma a tarefa de revisar código na etapa mais crítica do trabalho, fortalecendo a importância do papel humano na supervisão e estratégia de desenvolvimento.
Essa mudança impacta especialmente cargos juniores, cujas funções estão sendo substituídas por agentes de IA capazes de gerar códigos de forma autônoma, acelerando o aprendizado e a experiência prática dos profissionais. A consequência é que, no futuro, engenheiros seniores precisarão menos de habilidades de revisão manual de códigos, focando em estratégias de inovação.
Se antes o avanço tecnológico ameaçava destruir empregos, hoje ele também redefine suas funções, deixando claro que o futuro da programação será predominantemente automatizado, com humanos focados em tarefas estratégicas e de supervisão.
Para entender melhor essa transformação, assista ao vídeo a seguir:
Essa evolução exige que profissionais de tecnologia estejam sempre atualizados, acompanhando as ferramentas de IA para manter sua competitividade no mercado de trabalho.
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