O Departamento de Energia dos EUA anunciou, em parceria com a NVIDIA e Dell, o desenvolvimento do supercomputador Doudna, que promete transformar a pesquisa científica ao oferecer alta flexibilidade de uso e processamento avançado de inteligência artificial (IA). Essa tecnologia de ponta ajudará milhares de cientistas ao redor do mundo, especialmente em áreas que exigem altas capacidades computacionais.
O nome do sistema presta homenagem à cientista Jennifer Doudna, ganhadora do Prêmio Nobel por sua contribuição na biologia molecular e edição de genes com a técnica CRISPR.
A Dell destacou que um dos diferenciais do supercomputador será sua versatilidade, permitindo ajustar níveis de precisão para diversas demandas de trabalho. Enquanto supercomputadores tradicionais priorizavam cálculos de máxima precisão, o Doudna se beneficiará da possibilidade de realizar operações menos precisas com maior velocidade, algo especialmente útil para modelagem de IA.
Com uma previsão de ficar operacional em 2026, o Doudna será instalado no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, onde deve atender a mais de 11.000 cientistas em projetos futuristas e pesquisas inovadoras.
Vera Rubin potencializa o Doudna com tecnologia revolucionária
Além de homenagear Jennifer Doudna, o supercomputador também traz um tributo à cientista Vera Rubin em sua arquitetura tecnológica. A máquina será equipada com GPUs da geração Vera Rubin da NVIDIA, garantindo um desempenho excepcional. Abandonando os processadores tradicionais da Intel ou AMD, o Doudna aposta em CPUs baseadas em ARM e na força das GPUs da própria NVIDIA para liderar o processamento voltado à inteligência artificial.
Jensen Huang, CEO da NVIDIA, declarou:
“O Doudna é uma máquina do tempo para a ciência: comprimindo anos de descobertas em dias. Cientistas vão mergulhar mais fundo e pensar maior para encontrar as verdades fundamentais do universo.”
Cientistas de todo o país terão acesso ao Doudna
O alcance do supercomputador Doudna irá muito além do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. O sistema será conectado à Rede de Ciências de Energia, possibilitando que pesquisadores espalhados por todo o território dos EUA enviem dados pela rede e recebam análises em tempo real.
Essa integração horizontal demonstra o investimento público no projeto, tendo como objetivo acelerar fluxos de trabalho científicos e democratizar o acesso à supercomputação avançada.
Sudip Dosanjh, diretor do Centro Computacional Científico de Pesquisa dos EUA, afirmou que o Doudna permitirá “acelerar uma ampla gama de fluxos de trabalho científicos”, reforçando o papel fundamental da tecnologia em projetos interdisciplinares.
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